Entre os dias 20 a 24 de junho deste ano aconteceu mais uma edição do Cannes Lions, atualmente conhecido também como Festival Internacional de Criatividade, criado em 1954 e que acontece todo ano no mês de junho. Inspirado no famoso Festival de Cinema de Cannes, esta versão premia os melhores filmes publicitários do mundo. É a maior premiação da publicidade e recebe profissionais de diversos países, são mais 30.000 trabalhos de todo o mundo inscritos, exibidos e julgados no Festival.
Este ano foram 29 premiações divididas em categorias e ainda o Grand Prix, prêmio máximo que é dividido em Leão de ouro, Leão de prata e Leão de bronze. Os vencedores entram para a elite da publicidade mundial, alcançando um grande reconhecimento. Na edição deste ano, o Brasil fechou sua participação no festival com 70 leões: 10 de ouro, 24 de prata e 36 de bronze, superando a marca do ano anterior, em que o país somou 67 troféus.
Mas além das premiações, o festival é uma grande oportunidade para que os profissionais obtenham insights e fiquem por dentro das tendências da publicidade ao redor do mundo. Este ano foi possível reafirmar o quanto as marcas estão comprometidas com propósitos, tais como diversidade, humanização, ações sociais e conexão com clientes e colaboradores.
Estes propósitos se mostraram ainda mais importantes neste ano pós-pandêmico, onde reconhecemos o quanto as relações humanas são importantes e necessárias. As marcas identificaram e acolheram esta necessidade, sendo possível confirmar através dos filmes publicitários exibidos.
Numa pesquisa recente da agência McCann, 77% das pessoas afirmaram acreditar que as marcas têm mais chances de criar uma mudança positiva do que os governos. Como não podia deixar de ser, houve muitos debates em torno da "Geração Z", definição para pessoas nascidas em meados dos anos 1990 até o início de 2010. Grande parte da publicidade é voltada para esta faixa etária, então essas discussões sempre estão em pauta.
A empresa WGSN apresentou um painel afirmando que o grupo tem uma personalidade dividida, com opiniões quase opostas. Como exemplo, querem personalização, mas não aceitam exclusão. Têm consciência ambiental e, descontentes com a forma como as gerações anteriores lidaram em relação ao clima, estão criando um novo mundo.
Como já nasceram conectados, ao contrário de todas as outras gerações anteriores, serão os principais responsáveis por liderar a Web 3.0, e o metaverso. São comprometidos com os conteúdos que valorizam e gostam de ter voz, por isso o grande sucesso das redes sociais.
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